sábado, 25 de setembro de 2010

Viena


Início de janeiro desse ano foi a vez de eu conhecer uma das cidades mais elegantes da Europa e considerada a cidade com melhor qualidade de vida do mundo(2010) – Viena, capital da Áustria.

Acho que foi a única vez em que viajei sozinha desde que cheguei aqui. Fui para Viena nas minhas férias de ano-novo, após ter passado o reveillon em Berlin.

A cidade encanta a qualquer turista à primeira vista – avenidas largas e arborizadas, imponentes prédios históricos, palácios, museus e calçadas repletas de elegantes cafés e restaurantes frequentados por gente bem vestida.

Lá, hospedei-me na casa de um simpático vienense através de um serviço muito interessante e muito utilizado aqui na Europa – Couch Surfing. Nesse site você encontra solidárias pessoas dispostas a oferecer uma cama/sofá para você passar a noite, sem custo algum. É uma verdadeira pechincha.

Bem, vamos aos pontos turísticos (que eu consegui visitar)...



O Schloss Schönbrunn, também denominado de Palácio de Versalhes de Viena, tem sido cenário de produções cinematográficas por anos. É também um dos principais pontos turísticos da cidade e país.
No início do século XIX o local ainda era propriedade do monastério Klosterneuburg e, em 1569, por iniciativa do imperador Maximilian II, o palácio passou ao controle dos Habsburg (nobre família européia de grande importância e influência na história da Europa). Não parecia em nada com o famoso palacete amarelo de nossos dias. Constava apenas de uma construção modesta, um moinho e belos jardins.
Após a invasão turca na Europa, em 1683, muitas guerras e reveses no império, o palácio chegou a um estado deplorável de conservação. Suas reformas iniciam em 1686, a mando do imperador Leopold I, com o objetivo de adaptar a propriedade para seu filho e futuro imperador. E assim sucessivamente todos imperadores seguintes foram modificando o palácio adaptando-o a seu gosto. No final da chamada "época Teresiana" o Palácio de Schönbrunn era um vigoroso centro do Império Austríaco e da Família Imperial.



Mozarthaus. Aqui mesmo, neste local, o gênio musical autor de mais de seiscentas obras viveu entre 1784 e 1787, compondo, entre outras, uma das suas óperas mais conhecidas: "As Bodas de Fígaro".
Morava em Salzburg e visitou Viena pela primeira vez em 1781 com seu seu patrão. Desentenderam-se, e Mozart pediu demissão, optando por ir morar na capital, onde, ao longo de sua vida, conquistou fama porém pouca estabilidade financeira.
As circunstâncias de sua morte prematura (35 anos) deram origem a diversas lendas. Deixou a esposa e dois filhos.








O Belvedere Schloss, um dos mais notáveis edifícios barrocos do mundo, foi construído pelo Príncipe Eugênio de Savóia no 3° distrito de Viena, ao sudeste do centro da cidade, após a derrota dos turcos. O complexo é dividido em duas partes: Belvedere Inferior e Belvedere Superior. A maioria das salas do palácio foram adaptadas para receber a Galeria Austríaca: o Belvedere Superior acolhe a Galeria Austríaca dos Séculos XIX e XX, enquanto o Belvedere Inferior aloja o Museu de Arte Medieval e o Museu Barroco.















Peterskirche. Embora possa externamente não chamar muito a atenção, a igreja barroca possui um interior magnífico.
Devido ao pouco espaço disponível, seu interior possui forma oval e é repleta de lindos afrescos e esculturas de estuque dourado. Acredita-se que sua construção data do ano de 800, sendo mencionada pela primeira vez apenas em 1137.
Por volta do século 13, tornou-se parte do monastério da Ordem Beneditina que na época ali se encontrava.
Passou por reformas em 1701, terminando estas em 1722. Em 1733 foi consagrada como igreja da Santíssima Trindade.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por que vocês usam pijamas o dia todo?

"Posso perguntar uma coisa? Por que vocês usam pijamas o dia todo?"
"Nao sao pijamas. Temos que usar isso. Eles levaram todas nossas roupas embora."
"Eles quem?
"Os soldados."

Se você ainda não teve a oportunidade, assista a esse filme, ou melhor, leia esse livro.
O Menino do Pijama Listrado.
Uma linda história de inocência e amizade surge quando Bruno, filho de um soldado nazista, conhece um menino chamado Shmuel, que ele acredita morar na fazenda ao lado de casa. Mas ao contrário do que Bruno pensa, Shmuel é um judeu, e aquela fazenda, um campo de concentração.
Um dos filmes mais belos e tocantes que já assisti.

"Pensando bem, não importa se eu lembro ou não. Eles não são mais meus melhores amigos mesmo." Ele olhou para baixo e fez algo bastante incomum para aqueles tempos de ódio - tomou a pequena mão de Shmuel e apertou-a com força entre as suas.
"Você é o meu melhor amigo, Shmuel", disse ele. "Meu melhor amigo para a vida toda."

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Real friendship


Ao longo de nossa vida conhecemos gente de todo tipo. Gente simpática, gente chata, gente inteligente, gente teimosa, gente irreverente, gente tímida, gente evasiva, gente insuportável e gente "legalzinha". Viajamos, trocamos de colégio, mudamos de cidade, mas infelizmente (ou felizmente) essa gente toda não nos acompanha. Conseqüentemente, sentimo-nos sós e decidimos que é hora de fazer novos amigos. Fazemos novos amigos, conhecemos pessoas incríveis, e é hora de ir embora novamente. Vivemos de despedidas, todas imensuravelmente dolorosas. C'est la vie! Ganhamos uma, perdemos outra. Impossível estar constantemente satisfeito com a vida.
Porém é um sentimento imensamente gratificante saber que, embora tantas mudanças ocorram em nossas vidas, há aqueles que permanecem conosco. E esses são aqueles amigos que nos acompanham há anos, com quem compartilhamos o primeiro beijo, primeira transa e o primeiro porre. Com quem fizemos festa, com quem choramos, com quem colamos na prova, com quem brigamos inúmeras vezes. Continuam seus amigos de sempre, como se nada tivesse mudado, como se aqueles velhos tempos nunca tivessem passado. Eles podem até mudar, amadurecer, podem até se tornarem uns nerds ou empresários bem sucedidos, mas para nós eles sempre continuarão os mesmos.
E não há preço que pague esse tipo de gente.


sábado, 18 de setembro de 2010

Cartas para Julieta


"E" e "Se" são duas palavras tão inofensivas quanto qualquer outra palavra, mas coloque-as juntas lado a lado, e elas tem o poder de assombra-lá pelo resto da sua vida. "E se"...
E se? E se?
Não sei como sua história acabou. Mas sei que o amor que você sentia era verdadeiro, então nunca é tarde demais. E se era verdadeiro, por que não o seria agora? Você só precisa ter coragem para seguir seu coração. Não sei como é sentir amor como o de Julieta, um amor pelo qual se é capaz de abandonar entes queridos, um amor pelo se é capaz de cruzar oceanos. Mas gosto de pensar que, se um dia o sentisse, eu teria coragem de agarrá-lo. E, Claire, se voce não o fez, e espero que um dia o faça.

Com todo meu amor,

Julieta

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ignorância Política



"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."

Bertolt Brecht


Se tem uma coisa que me indigna, que me deixa p* da vida, é a ignorância do povo brasileiro. Não falo da ignorância ortográfica, tampouco da teológica - apesar de essas também me deixarem deveras aborrecida. Falo aqui da ignorância política, a pior de todas as ignorâncias. Aquela que emburrece cada vez mais e mais a sociedade brasileira.
Desde criança somos condicionados a achar a política brasileira uma chatice, algo "sem solução", ou como nós jovens dizemos, um "porre". E a culpa disso não é unicamente do povo, não. Os políticos nunca fizeram questão de que você gostasse de política, porque eles sabiam que assim eles se elegeriam.
Pois é daí que surgem pessoas dizendo que não votarão no Serra porque "não votam em vampiros", não votarão na Marina por ela ser uma "eco-chata", não votarão no Plínio por ele "já ter morrido e ninguém ter avisado" e não votarão na Dilma por ela "não ter história". Vê se isso são argumentos de gente inteligente e interessada em mudar a política brasileira. Aliás, de história, meus caros, a Dilma (também conhecida como Estela, Wanda, Luiza ou Patrícia) tem até demais, viu?
Detida em 1970 durante três anos devido a um assalto de 2,4 milhões; envolvimento na montagem de um suposto dossiê de gastos do governo FHC; envolvimento no sequestro de Delfim Netto; entre muitos outros. As organizações nas quais militou praticaram de todo tipo de ação armada , de assaltos a bancos e casas particulares, hospitais e quartéis, sequestros de diplomatas e aviões, atentados a bomba, assassinatos e " justiçamentos".
É NESSA mulher que o povo vai voltar. Nessa terrorista de primeira categoria.
Aí já não basta essa bandida ter se candidatado, um bando de "sem noção" resolveu se candidatar também. Tiririca, Leandro do KLB, Mulher Pêra, Ronaldo Ésper, entre outros. Agora me respondam: vocês acham REALMENTE que o Tiririca teria alguma chance nessas eleições?
Pois eu ACHO. Acho que o Tiririca tem grandes chances de se eleger a candidato estadual no meio de um bando de gente tão ignorante e desinteressada.
Vocês já pararam para observar o governo que os brasileiros elegeram nas últimas eleições? Aposto que a maioria não faz nem ideia do que acontece em Brasília.
Dilma afirma o governo Lula ter pagado a dívida externa. No entanto, ela está estimada em 240 bilhões de dólares. O povo acredita, é claro. Afinal, a maioria nem deve saber o que é dívida externa.
É disso que eu estou falando, desses políticos que não se cansam de tentar passar a perna no povo brasileiro enquanto o mesmo continua no conformismo e na comodidade, achando que "tá tudo bom do jeito que tá". Votam no candidato que beneficiará sua classe social (diz-se bolsa família), e não no candidato que mudará de uma vez por todas a situação desse país. Votam nos populistas compradores de voto (diz-se PT), elegendo analfabetos e assassinos.
Ninguém se preocupa em reservar sequer cinco minutos diários para a leitura do jornal. Quando há horário político, desligam a televisão. Acham um "porre" qualquer assunto ligado à política e vivem dizendo que o Brasil não tem mais solução. E é devido a gente ASSIM que o Brasil não anda pra frente. A questão não é que o Brasil não anda pra frente devido aos seus políticos, mas devido a quem os elege.


Sinceramente, às vezes dá vergonha de dizer que sou brasileira.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Praga



Praga, capital da República Tcheca, também conhecida como Cidade das Cem Torres, Paris do Leste ou Praga Dourada, e cidade natal de Franz Kafka, a cidade é considerada uma das mais belas capitais da Europa devido à sua atmosfera melancólica, característica do Leste Europeu.
Atualmente a cidade passa por uma espécie de renascimento cultural, após ter sobrevivido às duas guerras do século e a queda do comunismo. O que não é difícil de ser percebido, uma vez que a cidade é repleta de artistas de rua que dividem a atenção com a bela arquitetura da cidade, representada pelas catedrais góticas, palácios barrocos e edifícios Art-Nouveau.
Eis que eu e minha fofíssima amiga Bruna Palone decidimos conhecer essa cidade maravilhosa.
As viagens aqui na Alemanha são sempre uma aventura e tanto, sobretudo se você é Au Pair. O fato de você ser Au Pair o leva a buscar maneiras econômicas de chegar ao seu destino, e claro, com nós nao poderia ter sido diferente.
Aqui na Europa existe um serviço chamado Mitfahrgelegenheit, com o qual você tem a possibilidade de encontrar outras pessoas com o mesmo destino que você dispostas a te dar uma caroninha até lá. Para usufruir desse serviço tão vantajoso, você precisa apenas pagar uma pequena taxa contribuindo para o abastecimento da gasolina. Ah, e antes que você pergunte: não, não é perigoso.
Chegamos em Praga tarde da noite, e o motorista teve a brilhante ideia de nos deixar em uma estação de trem totalmente desconhecida, em vez de ter nos deixado na estação principal da cidade.
Descemos do carro, o carro arrancou, e nos vimos em um país desconhecido e em meio a pessoas desconhecidas falando um idioma desconhecido. O nome da estação de trem era algo como Příměstských (tá, essa foi uma palavra escolhida aleatoriamente, mas é só pra você ter uma pequena noção desse traumatizante idioma). Tentamos nos comunicar em inglês e alemão com os tchecos, e adivinhem - nenhum dos idiomas era falado ali. Believe me, nem inglês eles falavam. Bruna e eu já estávamos quase enlouquecendo quando, para a nossa alegria, a nossa amiga tcheca que nos hospedaria (e felizmente falava alemão) nos telefonou.
"Hallo Süßen! Wo seit ihr?"
Err... Příměstských. Depois de meia hora tentando explicar o nome da estação (o que, devo lhe dizer, não foi fácil), ela e outra amiga tcheca foram nos buscar e fomos para sua casa.
Bem, a partir daí obviamente houveram outros contratempos, porém muitas novas descobertas e muito divertimento. Posto aqui algumas fotos dessa aventura pela Cidade das Cem Torres.



Nossas amadas guias Dominika e Michaela ;)


O que vemos acima é o Orloj, relógio astronômico medieval localizado (externamente) na prefeitura da cidade. O relógio é composto do mostrador astronômico (parte superior), da "Caminhada dos Apóstolos" e de um mostrador-calendário com medalhões representando os meses do ano.
A tal "Caminhada dos Apóstolos" (acima do mostrador astronômico) é um show mecânico apresentado a cada troca de hora com as figuras dos doze apóstolos.
O show nao é lá grandes coisas, mas a beleza do relógio compensa.


Com apenas 60m de altura, Petrínská Rozhledna é uma réplica da Torre Eiffel. Mais que uma "cópia fajuta" da torre parisiense, segundo os críticos, a torre tcheca nos proporciona uma incrível visão panorâmica da cidade. Deslumbrante!



Igreja de Týn



Monumento que representa a repressão comunista em Praga (Bruna e eu rindo na foto antes de saber o que significava, haha).



Igreja de São Vito


Castelo de Praga, a mais importante construção da cidade, foi fundada no século XI e atualmente serve como a residência presidencial, antigamente habitada pelos reis da Boêmia.


E não poderia faltar a maior boate da Europa Central. Com cinco andares, a Karlovy Lázně garantiu-nos uma noite divertidíssima em Praga. Né, Bru? ;)


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Homesickness

Sau.da.de s.f. 1. Recordação suave e melancólica de pessoa ausente, local ou coisa distante, que se deseja voltar a ver ou possuir. 2. Nostalgia.


A saudade é um sentimento muito traiçoeiro. Chega de mansinho ao ouvirmos aquela música que nos marcou, ao vermos aquelas fotos guardadas no fundo do baú ou lermos aquela carta daquele amor de verão. Traz à tona sentimentos até então adormecidos e esquecidos, e traz uma dor inexplicável de tempos que não voltam mais. E como dói pensar que não voltam mais.
Sentimos como se o nosso verdadeiro lugar não fosse aqui, mas ao lado daquelas pessoas com as quais passamos tantos momentos inesquecíveis. E omais doloroso é lembrarmos justamente dos momentos felizes que passamos ao lado dessas pessoas. Risadas, festas, viagens, brincadeiras. Dói muito lembrar desses momentos. É como se um pedaço de nós tivesse ficado com eles; como se, mesmo que conheçamos pessoas novas onde estamos agora, nos divirtamos, sempre haverá uma parte de nós faltando.
É uma dor no peito sem precedentes. É uma quase-morte. Algumas lembranças antigas, outras recentes. A saudade é algo dolorido, mas inteiramente brasileiro - somos o único povo com a façanha de conseguir nominar esse esse sentimento tão emblemático.

"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."

Martha Medeiros

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Würstchen vs. Brezeln vs. Bier

Qual é a primeira coisa na qual você pensa quando alguém pede para você citar uma comida típica alemã?
Batatas, batatas e batatas. Ah, e batatas.
Pois não é bem assim.
Eu não sei como nem por quê, no sul do Brasil criamos um estrereótipo de que os alemães comem batata 25h por dia. Até usamos o termo "alemão batata" quando alguém realmente aparenta ser alemão. Até já ouvi falar em um filme com o nome "Alemão Batata - a saga da colonização alemã". Vê se pode. Se você tem a ideia fixa na cabeça que virá para cá e comerá batatas em todas refeições do dia, aquela batatinha assada deliciosa, sinto em decepcioná-lo.
Morei em três casas de família diferentes aqui, e acreditem, eu mal via batatas no cesto de legumes. Eu realmente não consigo entender esse estereótipo que temos no Brasil acerca da comida alemã.
Quando vim pra cá, descobri que eu não sabia nada a respeito da culinária germânica.
Vocês devem ter percebido que no título coloquei vários nomes esquisitos em alemão. E por que escrevi "vs." em vez de "e"? Porque a disputa é realmente acirrada em termos de consumo.


Acredito que as Wüstchen sejam o tipo de carne que predomina no país. Presentes em todos supermercados, açougues, padarias, restaurantes, eventos e comemorações, essas linguiças são a comida preferida de inúmeras crianças, jovens e adultos aqui na Alemanha.
Nós, brasileiros, estamos habituados a comer um suculento peru e/ou chester na ceia de Natal. Para acompanhar: arroz com passas, muita salada e salada de maionese. E é claro que não pode faltar o tradicional panettone de sobremesa. No entanto, o último Natal que passei não foi assim. Segue o cardápio da ceia: salada, salada de maionese e rstchen. Quando vi aquela tigela de würstchen na mesa, eu simplesmente achei que tivesse no filme errado. Já não basta todas refeições, lanches, absolutamente TUDO conter Würstchen e o povo ainda inventa de comer isso na ceia de Natal? Haja estômago pra tanta linguiça.


Sobre os Brezeln você já deve ter ouvido falar, principalmente se você mora no sul do Brasil. São aqueles pães que parecem ter o formato de dois braços entrelaçados.
Sua origem está relacionada às festividades dos povos celtas realizadas em todo início de primavera, quando o sol transita pela constelação de Áries(carneiro). O formato do pão representava os chifres do animal.
Entretanto, alguns afirmam que sua origem, datada do início dos anos
600, em algum lugar entre a França e a Itália, esteja relacionada a um monge que, enquanto brincava com pedaços de massa preparada para os pães daquele dia, deu-se conta que havia criado um pão semelhante a braços unidos para uma prece. Os monges do mosteiro acharam a criação muito interessante, e as três cavidades formadas passaram a representar a Santíssima Trindade. Decidiram produzir o pão em grande escala e distribuí-lo como recompensa para as crianças sempre que decorassem as passagens das Sagradas Escrituras que lhe eram dadas. Denominaram este salgado de Pretiola, palavra latina para designar uma pequena recompensa. As Pretiolas atravessaram as regiões vinícolas da França e da Itália, subiram os Alpes, passaram através da Áustria e cruzaram a Alemanha, onde se tornaram o conhecido Brezel.


É claro que eu não poderia deixar de falar da cerveja, não é?
Os alemães são os amantes mundiais da cerveja. Existem festas anuais dedicadas exclusivamente ao consumo dos mais variados tipos dessa bebida. A mais conhecida é a Oktoberfest, celebrada
em Munique nos meses de setembro e outubro todos os anos (Stuttgart também tem a sua versao da festividade, a Volksfest). A estimativa é que são consumidos, anualmente, 6 milhões de litros de cerveja na Oktoberfest.
Como se já não bastasse, existem também estabelecimentos exclusivos para o consumo de cerveja aqui na Alemanha. Conhecidos como Biergärten, esses terraços atraem inúmeros clientes diariamente com a proposta de as pessoas poderem levar sua própria comida para o estabelecimento e pagar apenas pela cerveja.
A variedade de cervejas na Alemanha é absurda: Kölsch(procedente de Köln), Altbier(cerveja escura muito madurada), Weißbier(cerveja branca), Berliner Weiße(procedente de Berlin), Rauchbier(cerveja típica de Frankfurt), Bockbier(cerveja escura forte), entre muitas outras. Entretanto, o mercado cervejeiro alemão é ainda um tanto quanto resguardado em relação aos demais. Isso devido a um tratado assinado em 1516 (Reinheitsgebot) por cervejeiros alemães que limitava a fabricação da cerveja a apenas alguns ingredientes.



Ufa. Era isso. Sobre as demais comidas consumidas aqui eu falo numa próxima vez ;)